sábado, 25 de maio de 2013

VISITA

No dia de África realiza-se a última visita guiada às Ocupações Temporárias - Documentos, que podem ser vistas até amanhã no piso 01 da Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa. Entrada livre.

Terra Longe é uma das obras a ver.



quinta-feira, 11 de abril de 2013

HOJE

Abraão Vicente
Azagaia
Bento Oliveira
Camila de Sousa
Celestino Mudaulane
Diogo Bento
Eugénia Mussa
Filipe Branquinho
Gemuce
Gonçalo Mabunda
João Petit Graça
Jorge Caetano Fernandes
Maimuna Adam
Mauro Pinto
Nenass Almeida
Nuno de Pina
Paulo Kapela
Pinto
Rui Tenreiro
Sandra Muendane
Shot-B
Tiago Correia-Paulo

A partir das 19, são todos benvindos à galeria do Piso 01 do Edifício Sede da Fundação Gulbenkian.
A partir de amanhã e até 26 de Maio,a exposição pode ser visitada de terça a domingo, com entrada livre.




domingo, 7 de abril de 2013

QUINTA


Gostaríamos muito de os ver na inauguração da exposição OcupaçõesTemporárias - Documentos que inaugura na próxima quinta-feira, dia 11 de Abril às 19:00 na Fundação Gulbenkian. 


A exposição mostrará o percurso das "Ocupações" em Maputo e no Mindelo, trazendo não só os documentos e as imagens do que se passou por lá, mas também obras originais, "réplicas" e algumas produzidas especificamente para esta mostra. 

Caso não possam vir à inauguração, ou mesmo que venham, podem depois, e até 26 de Maio, visitar a exposição,  de terça a domingo, entre as 10:00 e as 18:00. 

Podem  seguir-nos  aqui

sábado, 30 de março de 2013

OCUPAR

Começam no próximo dia 2 de Abril as montagens da exposição Ocupações Temporárias - Documentos, na Fundação Calouste Gulbenkian. Vamos ocupar a galeria do piso 01.
Fez-se o desenho, tiraram-se medidas, fez-se a maquete. Já começamos a ocupar.
Já chegaram obras, aguardam-se outras e outras ainda serão feitas no local.
E os artistas também vão chegar.


sexta-feira, 22 de março de 2013

LISBOA

Em Abril de 2010 a ativista cultural Elisa Santos iniciou em Maputo as “Ocupações Temporárias”. Tratou-se de um projeto de cultura artística contemporânea com uma forte intervenção no espaço público desta cidade. Para esta primeira edição o problema apresentado aos artistas para ser exposto na vida quotidiana do Maputo foi o património arquitetónico. Em 2011 voltou a produzir as “Ocupações”, inaugurando-as no dia em que se assinalavam dez anos sobre o ataque das torres gémeas de Nova Iorque e o tema não podia ser mais explícito: juntar a precaridade, e até a rusticidade das intervenções, ao sentido global de perda de segurança associado ao da perda de liberdade e de cidadania que caracterizam as nossas sociedades contemporâneas. Em 2012 a terceira edição realizou-se com o patrocínio dos Programas Gulbenkian Próximo Futuro e Ajuda ao Desenvolvimento e traduziu-se na produção de intervenções sob o tema “Estrangeiros”, maioritariamente feitas em espaços estrangeiros na cidade de Maputo, nomeadamente embaixadas e o aeroporto internacional.

Em 2013, depois de uma acumulação de 
experiências com a intervenção no Mindelo, temos as “Ocupações” em Lisboa. Já não terão necessariamente o propósito e os contornos das primeiras “Ocupações”, mas, considerando a importância do método e da pertinência de muitos dos trabalhos realizados, as “Ocupações Temporárias - Documentos” serão o testemunho documental de um processo, um arquivo recente material, com os objetos ou as suas réplicas (entretanto produzidas durante estes três anos), dando assim visibilidade a um conjunto de obras em tensão ou convivialidade entre si e os espaços que ocuparam e que constituem um marco de passagem para as “Ocupações” que se seguirão.


Ocupações Temporárias – Documentos
12 de Abril a 26 de Maio de 2013
Fundação Calouste Gulbenkian
Edifício Sede, galeria de exposições temporárias, piso 01
terça a domingo, 10h -18h, entrada livre

quarta-feira, 6 de março de 2013

MINDELO


Ocupar a ’morada‘ do Mindelo, ou seja, a cidade central e carismática da capital de S. Vicente, com o tema “Estrangeiros”, pode ser uma redundância, dada a história do arquipélago de Cabo Verde e desta ilha em particular. Abordar esta temática numa cidade, que se fundou como entreposto de carvão para navios ingleses, servindo a rota Atlântica que liga a Europa à América, é correr o risco do discurso quase historicista da identidade crioula que tem feito também a rota das migrações.
A proposta feita aos artistas Abrão Vicente, Bento Oliveira, Diogo Bento (em parceria com o coletivo Oficina de Utopias), Nenass Almeida e Nuno Pina, pretendia uma reflexão sobre quem são os estrangeiros hoje no Mindelo, quais as fronteiras, tangíveis e imateriais, que delimitam a pertença, quantos territórios existem, como se distingue o eu do outro. 


O que os artistas apresentam vai para lá da identidade nacional e traz para a praça pública urgências próprias da cidadania, como sejam o emprego, a habitação, a mobilidade e a identidade cultural ou religiosa.
Trazer para o Mindelo os trabalhos de Paulo Kapela e Rui Tenreiro, apresentados em Maputo, nas Ocupações Temporárias 20.12 com o mesmo tema, integrando-os no circuito da cidade e da exposição, é uma opção pela diversidade de linguagens e de suportes artísticos, mas também de referências e de vivências, que podem enriquecer a ’discussão‘ ou, pelo menos, suscitar novos ângulos de observação da mesma problemática, desde logo um ângulo diferente, porque será desenhado a partir da rua.



Elisa Santos
Mindelo, 03/13

segunda-feira, 4 de março de 2013

PASSAPORTE


A reflexão centra-se no conceito de Identidade (s), sobretudo na Identidade fragmentada, construída, adquirida, forjada, inventada, do homem contemporâneo, do cidadão crioulo/global. Denuncia a Identidade e limites da própria língua como veículo identitário. O passaporte como uma frame, um limite, um guia de circulação, limites, pertença, territorialidade. As discrepâncias entre as vivências geográficas e as pertenças históricas; quando o papel da burocracia na construção de barreiras, de fronteiras não só reais como mentais e simultaneamente, é a mesma burocracia que suprime as demarcações implícitas, inscritas em cada documento (por isso a manutenção e exibição nos trabalhos dos carimbos, vistos, autorização de residência, os prazos de renovação, prorrogação).







Este trabalho pode ser enquadrado dentro da ideia, e de uma certa leitura de identidades pós-coloniais, mas ultrapassando o binómio Portugal/Ex-colónias, proponho a extensão deste trabalho e desta reflexão para um espaço mais global.
Sendo eu Português e Cabo-verdiano de nacionalidade, este é também um trabalho de auto-retrato.

Identidade(s) no Limite de Abraão Vicente será a ocupação temporária do Bar Boaventura, na Rua da Praia 

sábado, 2 de março de 2013

ILHA


Almadilha

Chegar à ilha,
Chegar na ilha



No chegar à ilha,
arma-se e armamos a armadilha da ilusão – a ilusão de fragilidade, fruto, talvez, da instabilidade do campo de visão durante o ondular do barco enquanto nós à ilha nos aproximamos; ou talvez da pequeneza, da aridez, da precariedade posta a nu.



Armadilha: a sensação de nudez nobre e nítida do castanho e azul duma paisagem despida e de costelas orgulhosas mas que teimamos em ver vulneráveis, quiçá por serem tão expostas ao olhar. Armadilha, pois o que se afigura aos que a ela aportam como frágil porque estranho e estrangeiro, porque destilador do precário, não é senão o ressoar da precariedade da vida e de vidas, do chão e de chãos, na alma do eu habituado a mundos mais amorfos e que, por isso mesmo, não obrigam à apreensão cabal da sua poética inteira para serem aceites como completos e familiares.



O chegar na ilha, porém,
é o dar-se conta da inteireza do mundo delineado e delimitado pela brusca e às vezes (aos lugares) violenta fronteira entre terra e mar – uma fronteira que vê guerra mas nunca a ocupação dum pelo outro, que é instável mas não frágil, e sim tão sólida e rígida quanto a divisa entre céu e solo, entre pele e ar. O dar-se conta da inteireza dum mundo cuja ideia de si, na realidade e no imaginário, cuja língua, cujo sotaque, cuja identidade é delimitada pela mesma fronteira violenta e prenhe de conflitos mas no entanto absoluta e excludente entre mar e terra, o litoral literal e figurativo.

Jeff Hassney



A viagem de Bento Oliveira que ocupará a Gare do Porto Grande do Mindelo 

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

CASA


"Entre em casa. O lugar - entre paredes - está escuro. Sinta o ambiente e olhe bem. Aqui, o céu está no chão, as pessoas pairam no ar e a direita é a esquerda.
O convite é do estrangeiro casa lata, que se faz de convidado, na “morada”.





De onde vem, as casas são de chapa, madeira, e crescem em função da família. Lá, as pessoas não têm acesso à água, nem à luz. O chão, dizem, não é deles.

Dentro, visto bem as coisas neste mundo ao contrário, ilegalidade de ocupação, é direito à habitação."

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

FILMAGENS


Terra longe é uma expressão própria da emigração Cabo Verdiana, que revela a distância que sentem os emigrados no seu “exílio” ao mesmo tempo que expressa a construção de uma nova terra lá longe, onde se está.  “Terra Longe – Caminho di Mar é uma viagem ao território da comunidade senegalesa, que habita o coração do Mindelo sem ser conhecida pelos habitantes de S. Vicente. Porque vêm estes homens para uma terra tão pobre? O que encontram aqui? Como vivem? Eles estão no meio de nós.




O Mercado Estrela acolhe uma grande comunidade estrangeira, na cidade do Mindelo.
Nenass Almeida e Nuno Pina viajam pelo Senegal de S. Vicente.
Domingo à tarde, dia de filmagens, para as Ocupações de Cabo Verde

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

MINDELO


As "Ocupações Temporárias" decorrerão na cidade do Mindelo e são a primeira realização desta iniciativa fora do espaço onde inicialmente foram criadas.
A proposta feita aos artistas, em tudo idêntica à que foi formulada aos artistas de Maputo, é ocuparem o espaço público da cidade, refletindo sobre uma temática específica, sujeitando os seus objetos artísticos às condições do espaço ocupado, tornando-os alvo de uma visibilidade que vai para além dos habituais "consumidores" de exposições. Os espaços escolhidos não são os formal e tecnicamente utilizados habitualmente para exposições.
Estrangeiros é o tema proposto no Mindelo, tal como foi em Maputo em Dezembro de 2012. Quem são os estrangeiros, quais as fronteiras, tangíveis e imateriais, que delimitam a pertença, como nos distinguimos do outro, são algumas das linhas que irão ser abordadas pelos trabalhos a apresentar. Vídeo, instalação, pintura, cerâmica; em locais como o cais de embarque, um quarto de hotel ou a praça comercial, serão as "ocupações temporárias" do Mindelo.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

MAHALA

As Ocupações Temporárias 20.12 vistas por estrangeiros, neste caso pela jornalista Paula Akuzigibwe, que escreveu no site sul africano Mahala


"Estrangeiros vibrates with subtle tensions like these. Even the location of installations provokes an unsettling twinge: although open to anyone, the necessity of their placement in aloof spaces limits access of the broader public to these temporary occupations. There is a sad irony in the alienation of artworks that bring such fascinating depth and nuance to an issue that, as the organisers note, is often narrated in the language of clichés and over-simplified dichotomies.


Todo o artigo para ler aqui 

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

MIRAGEM

Fata Morgana  -  Eugénia Mussa  -  Restaurante Cristal


"A paisagem africana em toda a sua imponência e beleza esconde algo. A vida e a morte nunca estiveram tão perto. Por detrás de cada folha encontram-se memórias daqueles que um dia habitaram aquelas terras mas de que não há registo, para os vermos temos que procurá-los na nossa intimidade."

Tipo de Objecto: Tríptico | Óleo sobre Madeira | 3 quadros 120x80 cm

"The african landscape in all its grandeur and beauty hides something. Life and death have never been so close. Behind each leaf are memories of those who once inhabited those lands but for whom there is no register. Too see them we have to look for them in our intimacy.

Object Type: Tríptych | Oil on wood | 3 frames 120x80 cm







Eugénia Mussa nasceu em Maputo em 1978, vive e trabalha em Lisboa. Fez a sua formação no Ar.co - Centro de Arte e Comunicação Visual, Lisboa e na Foundation Course in Fine Arts-City and Islington College em Londres.
Tem realizado exposições individuais e colectivas em Portugal e em Moçambique e as suas peças fazem parte de colecções institucionais e particulares.

Eugénia Mussa born in Maputo in 1978, lives and works in Lisbon. She did her trainning in Ar.co - Center for Art and Visual Communication, Lisbon, and Foundation Course in  Fine Arts-City and Islington College in London.
She has done solo and group exhibitions in Portugal and Mozambique and her art works are part of private and institucional collections.




HOYO-OYOH

Hoyo-oyoH  - João Petit Graça  - Embaixada de Portugal



Representação dinâmica e dos padrões de chegada de estrangeiros a Moçambique vistos à luz da cerveja.


Tipo de objecto: Projecção de fluxo de cerveja alimentado por mecanismo e/ou estrangeiro desempregado. Montagem sonora de ambiente de aeroporto.

Montagem e produção da peça: Tiago Esmael



Representation of the dynamics and patterns of the arrival of foreigners in Mozambique seen in the light of the beer.

Object Type: Design flow of beer powerd by mechanism and/or foreign unemployed. Sound montage of airport enveironment.
Assembly an Productionof the piece: Tiago Esmael





João Petit Graça nasceu em Maputo 1979. Estuda Design de Comunicação e posteriormente Arte Multimédia na vertente Audiovisuais pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Actualmente vive e trabalha em Maputo, onde a profissão o ensino e o hobby de Arte e Cultura se confundem e diluem na esfera do Design, da Multimédia e dos Audiovisuais.

João Petit Graça was born in Maputo in 1979. He studied Communication Design and later Art Multimedia in the audiovisual domain in the Faculty of Fine Arts of Lisbon. Currently he lives and works in Maputo, where the profession, and the education and the hobby of Art and Culture are mixed in the sphere of design, Multimedia and Audiovisuals.


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

CAPRICÓRNIO

Viagem ao Centro de Capricórinio  -  Rui Tenreiro  -  Embaixada Real da Noruega

“Viajemos ao centro do formigueiro de Capricórnio. Uma formidável estrutura de lascas e armaduras de cimento em constante degradação, mas que na sua totalidade, forma, quando vista de longe, uma enorme cidade de babel, sólida e densa. Intocável. Um complexo piramidal em prol do imperador de Capricórnio. Ao topo do formigueiro cinzento, no centro e no zénit desta estrutura está o gabinete imperial, símbolo da revolução e do poder nacional.”

Tipo de objecto: Instalação audiovisual 
vídeo e texto duração 7m 35s


Nota: a visita a esta instalação está sujeita aos horários de funcionamento da Embaixada.


"We will travel to the center of the anthill of Capricorn. A formidable structure of cement chips and armor in constant degradation, but in its entirety, when seen from a distance, a huge city of babel, solid and dense. Untouchable. A pyramidal complex in favor of the emperor of Capricorn. At the top of the gray anthill, in the center and at the zenith of this structure is the imperial cabinet, symbol of revolution and national power. " 

Object Type: Audiovisual installation - Video, Text.Duration: 7m 35s




Rui Tenreiro (Maputo 1979) é artista moçambicanos e reside em Estocolmo há 4 anos. Residiu previamente na Noruega onde se estabeleceu como ilustrador. Entre 2005 e 2009 geriu uma pequena editora informal de cadernos artísticos. 
O seu trabalho apresenta forma variadas tais como filme, escrita, desenho, dierecção artística e edição, sendo a narrativa o ponto de aprtida e o elo de ligação entre todas as formas de expressão artística a que se dedica. 
Está actualmente a trabalhar numa história com Tiago Correia-Paulo e a editar uma colectânea de banda desenhada sul-africana.


Mozambican artist and resides in Stockholm for the past 4 years. Previously he resided in Norway where he established himself as an illustrator.
Between 2005 and 2009 he managed a small informal publisher of artistic notebooks. His work takes various forms such as film, writing, design, art direction and editing, in which the narrative is the starting point and the link between all forms of artistic expression to which he dedicates himself.
The artist is currently working on a story along with Tiago Correia-Paulo and editing a collection of South African comics.



MODA


Outra Moda é Possível  -  Sandra Muendane  -  Aeroporto Mavalane


“Outra moda é possível” é a uma proposta de reflexão sobre a “originalidade”. Tomando como ponto de partida objectos quotidianos que constituem a nossa identidade, questiona-se quem faz o que é" nosso" e de onde vem o que enunciamos como "nosso"; como nos apropriamos e construímos o nosso “património”.

Tipo de objecto: 1 túnica e 2 sacos - lenços (viscose e seda), capulana (algodão) |  técnica: patchwork e estampagem  |  dimensões: túnica- 4,84/22,20 

"Another fashion is possible" is a proposal for a reflection on "originality". Taking as starting point everyday objects that constitute our identity, we question who does what is ours and from where comes what we enunciate as ours; how we appropriate and build our “heritage”.

Object Type: 1 tunic and 2 bags - tissues (viscose and silk) capulana (cotton)  |  technique: patchwork and stamping
dimensions: 4.84-tunic / 22.20



Sandra Muendane (1978) - estilista moçambicana residente em Lisboa, é licenciada em arquitectura de design de moda pela UTL, onde  fez a especialização em design estratégico e inovação.
Participou em diversos desfiles, exposições, workshops e residências artísticas em África, Europa e América.


Mozambican designer residing in Lisbon, has a degree in fashion design architecture by UTL, where she specialized in strategic design and innovation.
She participated in several fashion shows, exhibitions, workshops and artist residencies in Africa, Europe and America.







quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

INAUGURA

A partir das 16:00 as Ocupações Temporárias 20.12 estão abertas ao público.

Este é o percurso inaugural dos "Estrangeiros"

Embaixada da Noruega => Aeroporto Mavalane => Ronil => Cristal => Embaixada África do Sul => Embaixada de Portugal.

Sejam todos bem aparecidos

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

CARTAZ

Hoje conversamos, às 18, no Instituto Camões, com artistas das três edições, jornalistas, curadores e todos os interessados.

Amanhã inauguramos, a partir das 16, com saída a partir da Embaixada da Noruega.


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

20.12


“Estrangeiros” é a palavra mote que serve de ponto de partida para a intervenção artística de 5 artistas moçambicanos e 1 angolano, de diferentes áreas de criação. Os ocupantes estão baseados em territórios que facilmente se identificam com a temática proposta, e trazem-nos abordagens muito distintas, tanto ao nível da linguagem quanto ao nível do discurso daquilo que podem ser as leituras e os significados da palavra estrangeiro.

Eugénia Mussa, João Petit Graça, Rui Tenreiro, Sandra Muendane e Tiago Correia-Paulo, são os cinco moçambicanos que se apresentam este ano, utilizando como suporte a pintura, o vídeo, o som e a instalação de objectos, para abordarem um conceito que lhes é familiar, dado o seu percurso académico e profissional que passou pela saída do país. 

Nesta exposição feita “em casa”, feita em território “familiar”, os artistas aprofundam o olhar sobre as dimensões do que pode ser viver-se como “outro”, como “estranho”, para lá da dimensão geográfica ou fronteiriça que o tema encerra. 

Paulo Kapela, artista angolano que aborda as temáticas da cultura bantu muito para além das fronteiras políticas trará um discurso transnacional,  incitando a paz e a união dos povos,pela  criação e recriação manifestos que aliam religiosidade, misticismo e a tradição com ícones, realidades e materiais contemporâneos.

sábado, 13 de outubro de 2012

BRAZZAVILLE

O documentário "Dimanche à Brazzaville" apresentado pela moçambicana Tania Adam no blog África no es un país.


"Brazaville, con 1,5 millones de habitantes, es la capital y la ciudad más importante de la República del Congo. Situada a orillas del río Congo vive a la sombra de Kinshasa, capital de R.D. del Congo, una megalópolis con diez millones de habitantes que se encuentra al otro lado del río y nutre económica y culturalmente a la pequeña Brazzaville. La ciudad verde que acogió a Charles de Gaulle cuando era la capital la “Francia libre”, ha dejado de serlo para convertirse en el “Brazzaville basurero”, en el imaginario porque se puede parecer a muchas otras ciudades africanas, pero gran desconocida para muchos.
Comparte con su vecina Kinshasa el patrimonio de la S.A.P.E. (Societe des Ambianceurs et des Personnes Elegantes), el catch africano y el hiphop. Asuntos atractivos para seres curiosos, como Enric y Adrià, que ávidos de ofrecer una imagen diferente del continente, cogieron sus bártulos rumbo al Congo: “Queríamos mostrar el África urbana, que no sale tanto en los medios occidentales, desde una óptica no paternalista que repitiera los discursos de siempre. La ciudad era el punto de partida; nos daba juego, porque nos permitía dejar patente que pese a las diferencias de recursos e infraestructuras la vida urbana puede ser parecida en cualquier lado”.



Todo o artigo pode ler-se aqui.



sábado, 6 de outubro de 2012

ESTRANGEIROS



Depois de muitos debates sobre migrações, legais e ilegais, fluxos de pessoas e trocas inerentes, resta ainda espaço para falar “dos de fora”. Porque a aldeia que se diz global continua a classificar dicotomicamente os seus habitantes: “os de dentro” e “os de fora”. Este estatuto, que parece exclusivamente geográfico, tem também um eixo temporal que retira a pátria aos “de dentro”, se estes permanecem muito tempo fora. Quando regressam, ou quando chegam, passam a ser olhados como “de fora”. São estrangeiros na terra natal.

Nedko Solakov
Estrangeiros será o tema para as OCUPAÇÕES TEMPORÁRIAS 20.12 a realizar em Maputo no mês em que todos os “de fora” parecem ocupar a cidade. Os turistas estrangeiros que chegam de avião ou nos cruzeiros, os moçambicanos do estrangeiro que voltam para as férias de família e praia, os estrangeiros que ali trabalham, e que ainda não saíram para as suas terras de origem.
Tomaremos as linhas de perspectiva, de trajecto e de trabalho de alguns destes estrangeiros, no caso seis artistas moçambicanos que estudaram e viveram ou ainda vivem fora do país. E faremos a teia para a exposição que se há-de tecer. 

REVISTA

O trabalho 3X4 de Camila de Sousa analisado por Álvaro Luís Lima na revista NY Arts Magazine.


I have yet to meet anyone who enjoys having ID pictures taken. Should one smile at the camera or go for a serious look at the risk of having your picture compared to a mug shot? In some areas of the world, these pictures are named after their size, a mere “3x4” centimeters, whereas in others, they are called “passport photos” or “document pictures.” Despite our expressive choices made when photographed, most people dislike how those identification cards turn out because of the distorted presentation of how one might like her image to be perceived.



Pode ler-se tudo aqui



sábado, 29 de setembro de 2012

AUTENTICIDADE

Uma questão sempre em agenda. Aqui analisada com Yinka Shonibare MBE, artista de origem nigeriana, nascido em Londres.

"I don't feel I'm location-less, or colourless because if i do, I'm immediately denying myself very fundamental aspects of my own visibility. I don't subscribe to the notion of anonymity"


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Kilombos

O documentário realizado por Nuno Vicente pode ser visto na íntegra aqui

"O termo quilombo é uma herança dos povos da família linguística Bantú, em particular das línguas Kimbundo (kilombo) e Umbundo (ochilombo). 
O seu significado no Brasil é inseparável da história das rotas do comércio transatlântico de africanos escravizados.A repressão e as más condições a que estavam sujeitos levaram a que cada vez mais escravos, revoltados com a sua condição, fugissem das senzalas para locais remotos onde dificilmente poderiam ser recapturados pelos seus antigos senhores. A fuga de escravos originava pequenas concentrações em locais de difícil acesso denominados por quilombos ou mocambos.
Por toda a América do Sul, nomes diferentes identificaram estes coletivos de resistência: palenques e cumbes (Colômbia, Panamá, Perú), marrons (Jamaica), grand maroonage (Suriname, Guiana Francesa)."




domingo, 23 de setembro de 2012

CAETANO

"E eu, menos estrangeiro no lugar que no momento
Sigo mais sozinho caminhando contra o vento
E entendo o centro do que estão dizendo"

O Estrangeiro - Caetano Veloso (1989)


sábado, 22 de setembro de 2012

REGRESSO


Insistindo na fórmula de exposição de arte contemporânea em espaços não formais, numa lógica de circuito pela cidade, um novo grupo de artistas fará em Dezembro a terceira versão das OCUPAÇÕES TEMPORÁRIAS na cidade de Maputo.

A partir da palavra ESTRANGEIROS as OTs 20.12 começam a preparar-se





segunda-feira, 21 de maio de 2012

CORPO

O Museu da Cidade em Lisboa recebe até 8 de Julho a exposição Woundscapes - sofrimento, criatividade e vida nua, Oito propostas feitas por igual número de autores, na sua maioria investigadores sociais com percursos nas artes.


Promovido pelo Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA), em parceria com a CML, a exposição Woundscapes pretende oferecer ao público a oportunidade de percorrer diferentes trajectórias, que revelam espaços-tempos de exclusão e integração, de afastamento e participação, de denúncia e crítica, de abandono e liberdade, de isolamento e amizades: um território marcado por percursos reais ou imaginados em que se cruzam, vivem e interagem crianças de rua, jovens, imigrantes e instituições, serviços, terapeutas e profissionais do sector social.

Para ouvir mais aqui 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

MORA


Estação Imagem|Mora é o concurso anual de fotojornalismo que pela terceira vez se realiza, em Portugal.Este ano o 1º prémio da categoria Retratos foi atribuido ao Moçambicano Filipe Branquinho, com a série Ocupações que pode ser vista na integra aqui 




OCUPAÇÕES

"Moçambique tem uma área de 799,380 KM². Este território, está ocupado por homens e mulheres, crianças e velhos, nacionais e estrangeiros, católicos e muçulmanos, zions e ateus, doentes e sãos, famílias e órfãos, patrões e empregados, pedintes e doadores, justos e bandidos. 
Esta serie de 12 retratos é um mosaico que ilustra a ocupação territorial, social e imagética de um país. O espaço tomado pelo individuo, a sua presença na paisagem e no tecido social são a materialização da sua existência. De igual forma, o retrato materializa códigos e valores associados à sua imagem e ao seu desempenho. O trabalho ou o passatempo fazem pose no corpo do retratado e o que a lente fixa são todas as singularidades de um ofício encarnadas pelo melhor modelo: aquele se ocupa do seu exercício." 
Filipe Branquinho

quarta-feira, 18 de abril de 2012

BESPHOTO

Mauro Pinto venceu ontem a 8ª edição do Prémio BESPHOTO

A exposição dos quatro artistas finalistas estará em Lisboa, no CCB, até 27 de Maio e depois irá para a Pinacoteca em S. Paulo, com inauguração a 16 de Junho.


“Dá Licença” foi, entre Novembro de 2011 e Janeiro de 2012, a minha senha de entrada para a realização deste projecto fotográfico no Bairro da Mafalala, em Maputo.
O que desenho nesta proposta não é um mapa, não são somente as linhas limítrofes da cidade de cimento e da Mafalala, ou a topografia de tecido urbano com a especulação imobiliária que pulsa. O que trago para aqui é uma certidão de nascimento narrativa, pessoal e colectiva. É uma árvore genealógica descrita nestes móveis, nesta luz, nestas bugigangas, pertencentes a estes negros, mestiços, emigrantes, imigrados, resistentes.
“Dá licença” passa assim a ser uma interjeição afirmativa para iniciar um relato e afirmar uma existência.

Mauro Pinto

segunda-feira, 2 de abril de 2012

MAPUTO

Em Fevereiro de 2009 Oslo recebia a exposição "Maputo - A Tale of One City" que depois haveria de percorrer toda a Noruega.
Sobre os trabalhos e os artistas escrevia-se aqui

Depois de em Dezembro passado ter estado em Harare, a exposição chega agora ao Museu Nacional de Arte em Maputo, onde poderá ser vista até ao dia 3 de Junho, e conta com actividades paralelas levadas a cabo também pelas curadoras da exposição: Bisi Silva, Marianne Hultmann e Daniella van Dijk Wennberg

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

FANZINE

Um colectivo criativo de residentes em Maputo ocupa a casa amarela na Av 24 de Julho e edita com festa, amanhã 25/2 às 18h o primeiro número de um fanzine com criações de 24 autores.

"A bastidores é de edição independente e sem fins lucrativos. Do contexto urbano da cidade de Maputo, distrito de Kampfumo, e da necessidade de estimular a colaboração — de motivar a expressão artística e a pro-actividade colectiva — surge esta iniciativa. Este instrumento pretende desafiar os limites da imaginação, gerar debate e alimentar a sobriedade crítica, desmedidamente.
Como tema desta edição primeira da bastidores, dada a necessidade de incentivar um espírito de mudança, movimento e desenvolvimento, o termo transporte abre espaço para estudo, contém várias perspectivas comunicativas e consequentemente permite várias interpretações. "

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

ALDA

"O que se conhece ou se imagina, em 2011, no momento em que escrevo este texto, sobre a arte e os artistas de Moçambique? Quantos coleccionadores, curadores ou investigadores se interessam pela arte e pelos artistas deste país da África Austral? O que reflecte o trabalho dos seus artistas? Que artistas são conhecidos? Quantos artistas de Moçambique ambicionam mostrar o seu trabalho fora de Moçambique?"


Começa assim o ensaio de Alda Costa, que no seguimento do que foi o seu estudo de Doutoramento em História de Arte, reflecte sobre a Arte e os Artistas em Moçambique. Para ler, aqui e aqui.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

SELVAGENS

Se o destino for Paris, então talvez se possa fazer uma paragem neste cais http://www.quaibranly.fr/ e descobrir a exposição "L'invention du sauvage"


"Peintures, sculptures, affiches, cartes postales, films, photographies, moulages, dioramas, maquettes et costumes donnent un aperçu de l’étendue de ce phénomène et du succès de cette industrie du spectacle exotique qui a fasciné plus d’un milliard de visiteurs de 1800 à 1958 et a concerné près de 35 000 figurants dans le monde. À travers un vaste panorama composé de près de 600 oeuvres et de nombreuses projections de films d’archives, l’exposition montre comment ces spectacles, à la fois outil de propagande, objet scientifique et source de divertissement, ont formé le regard de l’Occident et profondément influencé la manière dont est appréhendé l’Autre depuis près de cinq siècles."


domingo, 1 de janeiro de 2012

Questions

On Temporary Occupations

A collective of artists that isn't a group, an art exhibition that isn't in a gallery
Pre-Occupation,
Re-Occupation,
Dis-Occupation,
Post-Occupation,
Un-Occupation?
  
In its first appearance in 2010, Temporary Occupations presented itself as a collective exhibition of six independent exhibitions installed in alternative spaces. At the suggestion of Elisa Santos, artists Mauro Pinto, Gonçalo Mabunda, Gemuce, Pinto, Mudaulane and myself occupied Hotel Escola Andalucia, Clube Ferroviario, the Central Market, the Natural History Museum, a ruin on Eduardo Mondlane Avenue (instead of the originally intended Casa Coimbra) and Minerva Central bookstore respectively.
Invitations to participate were based on the relevance of the discourse and the interest found in the different visual languages and techniques employed by each artist. The works on exhibit were thus the result of less than two months spent discussing and producing work that related to changes occurring in the city at the time.
Today, of the spaces that were occupied in 2010, Hotel Escola Andalucia is closed, the Central Market has undergone renovation, the ruin on Eduardo Mondlane is gone, Casa Coimbra is undergoing building work and Minerva Central has continued to establish itself in the IT market by opening more retail shops in Maputo province. The space that housed Gonçalo's exhibition Me when I was last, truly seems to be so, passively resisting the passing of time.

The role of the Occupations as a platform for dealing with issues that individual creatives identify and find relevant to deal with is more noticeable this year. Camila de Sousa's exploration of the body as vehicle of history and memory establishes a dialogue of similarities and differences when installed and viewed within the walls of the Faculty of Medicine of the Eduardo Mondlane University in Maputo. By making use of composition reminiscent of early photographic registrations in relation to the study of the body, the qualities of photography as a tool for control and cataloging are explored and questioned.
Camila invited the viewer to find her works in the corridors of the Faculty of Medicine. In order to see the work in the anatomy museum, viewers had to enter the room of bottled and once-alive specimen to find what could be seen as proof of life, albeit mediated and eerily suspended in time as it presents itself as a video play-back. The exhibition as a whole could be seen as a poetic exploration of incarceration – the images of these women's bodies, hiding their stories and truths, are exposed, perhaps freed even, whilst these 
women remain imprisoned... that is, from this point of  view.
This year's exhibition was curiously scheduled to open on the 11th of September, the day that according to Elisa "marks the fall of the inviolable security, the end of collective tranquility”. On the 17th, less than a week after this date, Adbusters are said to be responsible for initially staging the Occupy Wall street protests. As I write, Chilean students, backed by their teachers and parents, are going into a 7th month occupying schools and universities in defiance of a system where private institutions are said to be profiting from students whilst receiving state subsidies.
Azagaia, a rapper and designer placed excerpts of his lyrics on a wall inviting viewers to participate by sharing their opinions.
The role of social and digital media and individual use of it is also particularly highlighted this year – other than being one of the methods of communication, organization and marketing of this project as a reaction and solution to limited and denied funding, it also has also become the subject of the multi-media 
installation by Azagaia. The power of the immediacy and apparent sense of democracy and freedom of speech provided by social media today is placed in the spotlight for scrutiny. O Facebook do Jaimito works on different levels – highlighting and questioning the presence of the social networking platform, whilst also suggesting we give ourselves a moment to reflect on the local and international state of freedom of speech, including the role and complicity we all have as individuals
through the positions, influences and loyalties we hold.
Through this work Azagaia makes direct reference to Jaimito, a local musician whose hand-written protests, statements, occupation and presence on the sidewalk opposite Radio Moçambique could be seen to have validated the relevance, importance and necessity of the Temporary Occupations project this year.
Filipe Branquinho's contributions to Ocupações enter a second year, previously having worked behind-the-scenes to produce black and white photographs of the places and  spaces we occupied. This year he exhibits
Occupations, a series of images that look at the different employment taken on by individuals in the city. During the weeks of the exhibition Filipe presented his series of 40 photographs on one of the windows leading into the gallery of the Association of Photography on Julius Nyerere Avenue. His proposal of a precarious 'walk-in movie' is complete with seating in the form of stools and chairs created and used by security guards working in and around the city.
The portraits shown here expose a sensibility and ownership – on part of the photographer and the
sitters – a sincerity, that although does not expose details of the sitters' private lives, seems to hold evidence of a certain complicity and understanding between sitter and photographer/viewer. The fact that Filipe's projection could only be seen at night may be read as a slight provocation technically (it gives the images a high tened luminosity due to the projection, providing them with a slight ethereal tone), it gives a 'second life' to a gallery space that is usually inaccessible at night, occupying a space that is usually only available to artists that are able to adhere to its rental fees.With this in mind, we are very appreciative that the artist Sitoe allowed for his exhibition to also be temporarily occupied.
To write or draw on a wall, as opposed to paper on canvas, may appear as a decidedly vandalist attitude – or a reaction to the speed of transition of the times. Although not impervious to change, walls are expected to have a stronger chance of surviving tumultuous times. To paint on the walls of one's city can also be a way of
claiming ownership, creating a reference where we feel our own presence reflected, as well as of diverting attention from what is behind the wall.Walls bear memories and scars of events until holes are covered, they are painted and a new era is ushered in. Washing powder, beer and celular network advertisements are still painted by hand on walls that are visible as soon as a visitor enters Maputo – a colorful backdrop to the lives and events they quietly bear witness to.
A big khanimambo to the students from the National School of Visual Arts (ENAV) that participated in the execution of this mural.
The insertion of drawings by Jorge Fernandes in the Scala Cinema bill-boards may revert one to the fantasy of cinema, specially the invention and discussion of conspiracy theories related to science fiction. 
The artist is here presented simultaneously as thinker, actor, dreamer and public speaker, in a space that to some might recall their childhood and the mixture between fantasy, bewilderment and escapism offered by movies. In a similar way to the many realities that we witness and live second-hand through the big screen, in Oputam Jorge makes reference to what could be read as a fictional city or a parallel universe where imagery and symbolism related to religion, spirituality and science meet.
The apparently logic, and the apparently irrational are joined in one space – appropriate when one imagines that this cinema has catered to all, from fans of karate movies, to those of bollywood romances to international film festival titles.
Temporary Occupations thus makes its contribution this year with an exhibition that aims to highlight the temporality, fragility, vulnerablity and adaptability of values, loyalties and kinship that we face today. Personally, this exhibition highlights the responsability we all hold as individuals to observe, question, denounce and communicate that which we find important to us. This year's installment has not provided any clear answers, if anything, it has raised more questions (and an eyebrow or two): what is this 'project'? Who is 'in charge'? What is its aim? What format does it take? How does one join this... movement of people?

Maimuna Adam
Santiago, 19th December, 2011