quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

PEQUENINOS

Há quem defenda que a melhor forma de se fazer ouvir num ambiente em que muitos falam em voz alta, é fazer o seu discurso de forma calma e em voz baixa.
Esta parece ser a lógica dos trabalhos de Isaac Cordal que podem conhecer-se melhor aqui

"Blink and you’ll miss it. Turning the urban landscape in on itself with installations that are almost to subtle to be noticed while passing by in an individualistic frenzy, Isaac Cordal uses the grey functionality of cement to question the lack of colour and vibrancy in so much of our lives through his tiny figures. Dealing equally with the virtual eradication of the natural world within the urban matrix, he homes in on the anonymity of city life, the numb lack of feeling and the blindness to the realities of others as bureaucracy and blandness penetrate a once organic fabric of life. "

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

20

20 é o número de dias que falta para encerrarem as candidaturas à bienal de Dakar. Todas as informações estão aqui
Entre 11 de Maio e 10 de Junho a Dakart 2012 levará à capital do Senegal arte contemporânea africana e artistas, num programa que inclui exposições, debates, filmes e animação de rua.
As candidatura podem ser feitas até 20/12/2011. Só faltam 20 dias.


domingo, 27 de novembro de 2011

RUA


Street art, arte urbana, graffiti, pichagem, stencil, muralismo, vandalismo... Chame-se o que se quiser, ela está na rua. Em todas as cidades, em muitas ruas. 

Há quem estude o assunto, quem ganhe dinheiro, quem se sinta ofendido,quem se glorifique, quem se indigne, quem pratique e quem aprecie. Não parece é haver indiferentes. Para acompanhar o que se vai passando poder ler-se aqui, aqui ou ainda aqui.
A street art rural de Costah e Moreira pode conhecer-se no P3, aqui.


"Pregos, lã, rolhas de pipo, martelo, grosa, canivete, gis e um pequeno escadote. Está tudo.
É uma lista de compras invulgar para um artista de rua, mas a única que faz sentido para esta dupla  que já fez trinta por uma linha no mundo da famosa "street art"" 

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

RESIDÊNCIAS

Em S. Tomé e Prince, mesmo na linha do Equador, estiveram Maimuna Adam e Mário Macilau em residência com artistas daquele arquipélago, de Angola, Cabo Verde, Guiné e Zimbabwe e ainda de Portugal, França, Brasil e Timor.
Pode ler-se sobre a bienal aqui

Jorge Dias esteve em Portugal, mais propriamente em Lagos, com o projecto Roots, também a trocar ideias com criadores de diferentes origens. O LAC que acolheu a iniciativa, pode conhecer-se aqui

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

ABOVE

Mantém uma identidade anónima, assina Above e o seu trabalho pode ser visto aqui.
Tem cerca de 30 anos e dele conhece-se o trabalho, as intervenções políticas e sociais nas paredes e mobiliário urbano pela Europa e América do Norte. A sua mais recente intervenção foi no início deste mês na Florida.




GIVE A WALL STREET BANKER... from ABOVE on Vimeo.

sábado, 12 de novembro de 2011

PARIS

Há 15 anos que o Grand Palais de Paris acolhe a Paris Photo.
A edição de 2011 termina a 13 de Novembro tem 23 países representados por mais de uma centena de galerias  que apresentam o melhor da fotografia contemporânea.
Há eventos paralelos por toda a cidade entre eles a ocupação temporária, até 26/11 da Gare Paris-Nord com fotografia africana de Cape Town a Bamako


"Malick SIDIBE, Mikhael SUBOTZKY et Patrick WATERHOUSE, Seydou KEÏTA, James BARNOR et Nontsikelelo VELEKO. Gare du Nord devient un lieu d’expression culturelle et d’animation exceptionnel, pour des voyageurs devenus spectateurs de l’art qui s’offre à eux."


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

HUGO

Foi o vencendor do prémio Seydou Keïta nos Encontros de Bamako. Há ainda mais cinco galardoados que podem ser conhecidos aqui. Pieter Hugo, fotógrafo Sul-africano que na próxima semana apresenta o seu Nollywood em Paris, pode ver-se completo aqui.

"Notions of time and progress are collapsed in these photographs. There are elements in the image that fast-forward us to an apocalyptic end of the world as we know it, yet the alchemy on this site and the strolling cows recall a pastoral existence that rewinds our minds to a medieval setting."

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

DURABLE

"Pour un monde durable" é a proposta de reflexão que os Encontros de Bamako fazem na edição de 2011.
45 fotógrafos e 10 videastas estão a concurso e demonstram a urgência do tema. A mostra começa dia 1 de Novembro e pode-se saber tudo aqui


"En 2010, un grand nombre de pays africains ont fête le cinquantenaire de leur indépendence. Pour beaucoup cet  événement a été le moment de dresser un bilan des acquis nationaux et de porter un regard critique sur les structures politiques et sociales et sur la répartition des richesses."

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

KINANI

A Plataforma de Dança Comtemporânea de Maputo volta à cidade.
De 1 a 6 de Novembro há espectáculos, workshops, conversas e exposições. O programa e os participantes, os locais e os horários estão todos aqui.
Faça-se então a vontade: Kinani!*

* Dancem! em língua shangane

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

OBSERVATÓRIO

Filipe Branquinho - "Ocupações - Guarda de Prédio"
A Fundação Calouste Gulbenkian, através do programa Próximo Futuro criou, nos últimos três anos, uma agenda de workshops e sessões abertas que tem levado à capital portuguesa teóricos e artistas da Europa da América Latina e de África. Esta programação constitui um Observatório de África e da América Latina cuja apresentação terá lugar nos próximos dias 15 e 16 de Novembro em Lisboa e no dia 17 em Paris.
Do que ali se tratará já se pode saber aqui

"A primeira apresentação do Observatório de África e da América Latina, resultante dos Workshops de investigação que o Programa Próximo Futuro concretizou desde 2009, no qual serão proferidas comunicações de investigadores ligados a universidades, centros de pesquisa e organizações não-governamentais."

terça-feira, 18 de outubro de 2011

BAUMAN

Zygmunt Bauman, sociólogo polaco, fala aqui dos Indignados e do que se pode esperar deste movimento que ocupa tantas praças.
Para ler. Até ao fim.


"No me pida que sea profeta", implora Bauman. "En algunos lugares, no en todos, el movimiento ha logrado conquistas importantes pero no es extensible a todos los países". Lo líquido sigue siendo válido para la previsión del porvenir. La modernidad líquida se expresa, obviamente, en su falta de solidez y de fijeza. Nada se halla lo suficientemente determinado.
Nada se halla lo suficientemente determinado. Ni las ideas, ni los amores, ni los empleos, ni el 15-M. Por eso teme que tal arrebato acabe también, finalmente, "en nada". No es seguro, pero siendo líquido, ¿cómo no pensar en la evaporación?"

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

OCUPANTES

Alastrou-se por todo o Mundo o exercício do direito de reclamar, de reivindicar, de fazer ouvir aos que governam o que pensam e sentem os governados: os Indignados, os Ocupantes, a Primavarea Árabe, o 12 de Março, o 15M.
Há uma solidariedade planetária que se estende e que torna este protesto comum.

Notícias para ver, pode ser aqui, aqui ou aqui, ou em muitos outros sítios.

sábado, 8 de outubro de 2011

PAZ

Ellen Johnson Sirleaf is Africa’s first democratically elected female president. Since her inauguration in 2006, she has contributed to securing peace in Liberia, to promoting economic and social development, and to strengthening the position of women. Leymah Gbowee mobilized and organized women across ethnic and religious dividing lines to bring an end to the long war in Liberia, and to ensure women’s participation in elections. She has since worked to enhance the influence of women in West Africa during and after war. In the most trying circumstances, both before and during the “Arab spring”, Tawakkul Karman has played a leading part in the struggle for women’s rights and for democracy and peace in Yemen.
Norwegian Nobel Committee
Oslo, October 7, 2011

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

HINO

As eleições da nova Tunísia serão a 23/10/2011
Este é o hino, uma cantiga como uma arma, para sensibilizar a população para a participação e para a importância da sua voz.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

OBRIGADOS





"Tu, como porta voz!
Como portadora da voz!
Como produtora do nós!"



 Não somos obrigados a agradecer ou a fazer listas de pessoas que se ocuparam connosco.

Não somos obrigados mas estamos gratos. E nomeando-os dizemos: "Obrigados!"







Ana Lúcia, Maimuna,
Oliveirinha, Mauro,
 Celisa, Gemuce,
Cabrita, Sá,
Matteo, Briggit,
António, Donata,
Silvia, Nuno,
João, Inocêncio,



Ouri,Yass,
Paco, Pablo,
Vitória, Phill,
Jane, António,
João, Maria,
Panaíbra, Dunduru,
Sitoe, Marta,
Lúcia, Jorge,
Filipa, Tomás


E às mães, aos pais, aos irmãos e às irmãs,
namorados e namoradas.
Aos guardas, que às vezes foram anjos.
Aos amigos, que quase sempre nos guardaram.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

MAHALA


O jornalista Dave Durbach do site Mahala esteve em Maputo, viu a cidade, os jogos, os negócios e assistiu à inauguração das "Ocupações Temporárias 20.11". Pode ler-se tudo aqui


"Significantly, Mozambique's hosting of the continental showcase signifies the country ongoing evolution -  from (1) being occupied by European and South African interests, to (2)reflecting this occupation trough events such as Ocupações Temporárias an to (3) ultimately hosting (a big difference to being occupied by) the rest of the continent - including its top athletes, dignitaries and journalists."

domingo, 25 de setembro de 2011

GRAFFITI

 ShotB Hontm, hoje e amanhà ocupou de uma forma inédita a Avenida OUA na inauguração das "Ocpações Temporarías 20.11, deixando aos peões toda a prioridade.

Esta intervenção que ocupa 200m de um muro nos limites da cidade, não se encontra estática, fechada, terminada, está em curso, em construção. Com esta intervenção Shot-B retoma a tradição do muralismo, muito usada por nomes grandes das artes moçambicanas, como é o caso de Malangatana, também retratado no mural. Esta obra é a afirmação de uma nova geração que não rompe com os legados nem com as memórias, mas que numa linguagem própria relata o presente e exige visibilidade que é ao mesmo tempo um desejo de futuro, num discurso directo para um público assumidamente eclético.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

CORPO

"A primeira série problematiza o “regime de prevenção”, regime esse marcado pela inevitável constatação do encarceramento do corpo e pelo esvaziamento da fala.As imagens traçam o movimento do “quadriculamento” do corpo e da recusa do olhar. Entre culpa e inocência, entre o 3x4 da cela prisional, encontram-se espaço e corpo, objecto e cicatriz." Camila de Sousa



3x4
Camila de Sousa
Faculdade de Medicina da UEM
(Museu de Anatomia e Átrio da Aula Magna)

Conferência
Corpo, Ciência e Arte
Branco Neves | Camila de Sousa | La Ribot | Panaíbra Gabriel
Dia 22 Set 2011  |  14:00    | Aula Magna da Faculdade de Medicina



domingo, 18 de setembro de 2011

FICÇÃO

"O meu trabalho situa-se entre a ficção e a realidade. É entre estes dois territórios que eu crio. De cderta forma estou só a apresentar os últimos resultados da minha investigação. E devo recordar que, de uma forma geral, o produto é ficção. Mas eu lido apenas com a realidade. A diferença entre a "Big Picture" e o senso comun da realidade é de tal forma enorme que não tenho outra alternativa que não seja o uso de elementos de ficção na minha busca das verdades ocultas." Joge Fernandes


OPUTAM
Jorge Fernandes
Cinema Scala
(Av. 25 de Setembro)

FACEBOOK

Jaimito utilizava o que de mais precário se imagina para fazer ouvir a sua opinião, as suas dores. A instalação que durante semanas foi crescendo no passeio da Rua da Rádio foi retirada, mas o músico moçambicano continua a demabular por ali.
"No facebook do Jaimito" é mais do que a homenagem de Azagaia a Jaimito, é a chamada de atenção do artista para a responsabilidade de cada cidadão de usar, sem desculpas, o meios ao seu alcance para transformar o meio que o rodeia.

No Facebook do Jaimito
Azagaia
Pátio da Emose 
(Entre Av. 25 Setembro e R. Joaquim Lapa)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

NOCTURNO



"Sentir os que conhecemos, sentir a partir do ângulo em que nos conhecem, ocupando-lhes as posições, o ambiente, o lugar. Não se trata apenas do voyeurismo ou da excitação estética de fruir o outro e os seus contextos, trata-se de uma tridimensionalidade que passa pela experiência do todo através de retratos que nos dão a ocupação do espaço, (do território, da casa, do lugar) e a ocupação do tempo (a profissão, actividade, sustento)."


Ocupações
de Filipe Branquinho 
Av. Julius Nyerere 
(passeio da Assoc. Moçambicana de Fotografia a partir das 22:00 e até às 06:00)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

VISITAS

Nos dias 16 (sexta) e 19 (segunda) teremos visitas guiadas pela Camila de Sousa à exposição 3x4 na Faculdade de Medicina, entre as 10:00 e as 16:00.


"Muito educativo para estudantes de Medicina, História e Direito. Boa altura para reler Foucault. Não digam que não têm o livro. O "Microfísicas do poder" está na net todinho. Para descarregar à borla..." Yussuf Adam


Nota: Faculdade Medicina da UEM - Av Salvador Allende 

sábado, 10 de setembro de 2011

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

PRECARIEDADE


OCUPAÇÕES TEMPORÁRIAS 20.11 inaugurará no dia em que se celebram 10 anos sobre o ataque às torres de Nova Iorque, o dia que marca o fim do mito da inviolável segurança, o fim da tranquilidade colectiva. 
Talvez o adjectivo mais apropriado para caracterizar o tempo que vivemos hoje seja centrípeto. A velocidade e a atracção para um centro que não escolhemos mas ao qual não podemos fugir, são as características mais evidentes de realidades inquestionáveis que ocupam o tempo contemporâneo como seja a circulação de pessoas, bens e doenças, a rapidez e amplitude de comunicação, o consumo, a pobreza. Em resumo: a globalização. Novos interesses parecem estabelecer-se e com isso novas ordens que alteram estruturas fundamentais como o trabalho, o parentesco, as relações sociais e até as identidades. 

Estes são os tempos da precariedade, do transitório, do temporário. O que acontecerá ao que sempre nos foi confortável e apaziguador, ao que sempre tivemos como definitivo, permanente, seguro? Voltará? Queremos que volte? Saberemos, poderemos, conciliar frenesi com eternidade? Resultado com paciência? Sucesso com memória?

As OCUPAÇÕES TEMPORÁRIAS 20.11 são elas próprias, por definição, precárias, tendo em conta os locais e condições em que se apresentam, mas na versão deste ano sê-lo-ão ainda mais, já que se apresentam assumidamente como uma proposta de reflexão pública sobre o tema. Esta reflexão terá um espaço de particular relevo nas actividades paralelas à exposição como sejam os encontros com artistas e o fórum a realizar em parceria com a Academia.

E. Santos 

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Hontm

Hontm, hoje e amanhà , a extensa ocupação que Shot-B vai apresentar na avenida OUA é dinâmica, inacabada, uma viagem, como o título indica.  

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

3x4


3x4 é o resultado de uma imersão fotográfica e antropológica em dois estabelecimentos prisionais de Maputo, a Cadeia Civil (uma cadeia preventiva) e o Centro de Reclusão Feminino de Ndlhavela. 
A partir de uma perspectiva reflexiva sobre o papel histórico da imagem e da ciência na produção de identidades femininas fixas, descontextualizadas e criminalizadas, 3x4 questiona os estranhos rituais do poder patriarcal e da administração da máquina de vigilância e punição: a prisão.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

domingo, 28 de agosto de 2011

OPUTAM


No cartaz do Scala uma proposta de ficção científica desenhada a caneta e marcador, que relata viagens e vivências entre o místico e o real, entre a magia e o racional, falando de política, sociedade, organização. Oputam é talvez o nome de uma cidade paralela, num universo em espelho, numa aproximação ao anomalístico.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

OCUPAÇÕES


Maputo não é Moçambique, mas é!
 É a capital, o centro das decisões, a plataforma do poder e do turismo, a meca onde todos querem viver ou pelo menos visitar.  
A Julius Nyerere não é Maputo, mas é! 
É  a avenida das embaixadas, do palácio dos casamentos, dos grandes hotéis, do Palácio do Presidente, da vista para a baía, da chegada e da saída.
Ocupações é uma mudança, uma inversão de papéis para sentir na pele. Sentir os que conhecemos, sentir a partir do ângulo em que nos conhecem. 
Ocupações é uma proposta própria de um arquitecto que rasga uma janela e desenha um observatório, escolhe mobiliário estilizado e luz adequada para a fruição do quotidiano. 

sábado, 20 de agosto de 2011

terça-feira, 16 de agosto de 2011

OCUPAR


© Maimuna Adam
v.t. Encher um espaço de lugar e de tempo.
Habitar.Tomar posse de.
Exercer: ocupar emprego.
Dar trabalho, empregar: ocupar os operários.
Fig. Dedicar, consagrar: ocupar com leitura suas horas de lazer.
Ser objeto do trabalho, da preocupação de alguém: seu trabalho o ocupa muito.
V.pr. Trabalhar em; dedicar seu tempo a.
Gastar o tempo com: ocupava-se com a vida alheia.


A partir de 11 de Setembro, em Maputo e no País

sábado, 13 de agosto de 2011

Ídio

Ídio Chichava esteve no Museu Nacional de Arte a dançar um solo, acompanhado por dois músicos e perante uma audiência muito interessada.
Pode ver-se algum do seu trabalho aqui e ler-se a sua entrevista aqui

"Falar de dança contemporânea africana é abrir espaço para uma discussão sem fim, porque o tema é vago, pois entendo que se existe o contemporâneo aficano, deve esxistir contemporâneo moçambicano"

domingo, 7 de agosto de 2011

SETEMBRO

A feira de arte de Joanesburgo mudou de datas. A 4ª edição será em Setembro de 23 a 25 e vai ter a novidade de um prémio. Pode ler-se mais aqui

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Kerryn

Keeryn Greenburg é a curadora de "Contested Terrains", a exposição da Tate Modern que mostra, até 16 de Outubro,  trabalhos de 4 artistas africanos, em colaboração com o Centre for Contemporary Art de Lagos - Nigéria

Tate Modern has formed a partnership with Guaranty Trust Bank from Nigeria which will enable the gallery to do an annual project for three years related to the continent. "It's also providing an acquisitions fund so that Tate will be able to start acquiring works by African artists for the collection," Greenberg said. 


 Pode ler-se aqui e ver-se mais aqui

domingo, 10 de julho de 2011

POESIA

O Brasil celebra ainda hoje a Festa Literária Internacional de Paraty. Quem está longe ainda por ver e ouvir por aqui

No mesmo continente terminou ontem o XXI Festival Internacional de Poesia de Medllín. Mais de 50 países estiveram presentes. O continente Africano foi o tema central. Comunicações, imagens, videos e participantes podem ser vistos aqui



terça-feira, 28 de junho de 2011

JARDIM

As ocupações que começam a ser habituais nos Jardins da Fundação Gulbenkian.
Obras para usufruir durante o Verão

DELFINA


Atef Berredjem

"The Delfina Foundation envisions a global family of creative people, living as citizens, working as artists, and acting as cultural ambassadors for their communities promoting cultural exchange, debate and collaboration as a way to combat intolerance, isolation and conflict across the world" 
Baseada em Londres a Fundação promove residências, encontros, exposições apoiando artistas, curadores e escritores. Há mais informação para ler aqui e uma brochura que pode ser descarregada aqui

quarta-feira, 1 de junho de 2011

URBANO

URBAN ÁFRICA é o nome da exposição recentemente inaugurada em Lisboa que  reúne 2.000 fotografias de 52 capitais africanas. David Adjaye, arquitecto britânico nascido na Tânzania é o autor desta reinterpretação do urbanismo africano
.Não existe um discurso sobre a noção de urbano e metropolitano em África, apenas se fala de subdesenvolvimento, pobreza e guerra, mas eu pretendo reconfigurar este discurso, usando a arquitectura como mensagem e instrumento. Esta é a minha homenagem ao continente.”
Há uma entrevista para ler aqui e mais aqui e aqui 

Há uma entrevista para ler aqui e mais aqui e aqui

domingo, 29 de maio de 2011

DESOCUPAÇÃO

"Casa Coimbra", a ocupação temporária do Celestino Mudaulane já não existe.

"A chamada de atenção para a questão da preservação do património, da discussão pública da sua classificação e utilização, era o objectivo da intervenção do artista Celestino Mudaulane. A Casa Coimbra era o local escolhido. A impossibilidade de ocupação daquele local não resolveu as questões existentes. Por isso a ocupação “Casa Coimbra” foi realizada num espaço em condições de demolição eminente, de grande acessibilidade para o público e numa zona nobre da cidade."


"A última aventura de Celestino agora é a passagem do papel à parede, no projecto Casa Coimbra. (...) O muralismo é um arte de intervenção e ainda que os seus trabalhos venham a ser efémeros, a sua acção como artista de intervenção social no conceito mais sofisticado do termo não o será."

quarta-feira, 25 de maio de 2011

PRÉMIO

A Fundação PLMJ, instituída pela sociedade de advogados PLMJ – A.M. Pereira, Sáragga Leal, Oliveira Martins, Júdice e Associados e sedeada em Lisboa, apoia a arte da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) através do desenvolvimento de uma colecção, da organização de exposições, da edição de livros e da realização de outros projectos. Neste âmbito, a Fundação PLMJ promove o PRÉMIO FUNDAÇÃO PLMJ DE VÍDEO-ARTE DA CPLP, com periodicidade anual, mediante o lançamento de um concurso aberto a artistas nascidos ou residentes em países membros da CPLP (excepto Portugal), nomeadamente Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

MUSEUS


Louvre - Paris
O importante Colóquio realizado no New Museum, em Nova Iorque, sobre Modelos Alternativos à Curadoria de Histórias na Arte Contemporânea; o debate público que decorre em França sobre os seus Museus que, apesar de uma década de crescimento de públicos – aumento dos preços de bilhetes, aumento de apoio mecenato e franchising das marcas dos museus – foram avaliados e criticados por uma gestão deficitária; e em Portugal a transferência de museus para as autarquias, a par de associações sob a mesma direcção de outros, medidas estas a que faltaram explicações claras e intelectualmente convincentes – merecem uma reflexão sobre o que se passa nos museus.

Será simples, mas a função dos museus desde a sua criação no século xviii é a de guardar, conservar e contar histórias sobre os objectos que guardam e sobre o que os rodeava. Depois a forma como cada um o faz, o modo operativo, o contexto e época em que são criados e os modos de gestão e de administração é que divergem, e dessas divergências é que resultam as diversas, por vezes antagónicas, missões. Podem os museus ter sido comparados a sarcófagos na leitura de Adorno ou pretenderem iludir a fronteira entre reserva e rua, como os museus squatter, mas o facto de terem à sua guarda objectos e ferramentas da memória colectiva é que os faz ser museus. Aliás, é o requisito de ter um acervo, uma colecção, que diferencia radicalmente um museu de um centro cultural, por exemplo (embora alguns destes últimos possam reivindicar uma vocação museológica). É um facto que no século xx mudaram os paradigmas da arquitectura museológica de que são exemplos o  MoMA, o Beaubourg, o Gugggenheim ,o Ps1,o  Chinati Foundation, o Louisiana, cada um traduzindo relações diferentes com a cidade e, simultaneamente,  as expectativas diferentes que estes museus criavam na cidade e nas histórias de arte ou dos objectos de culto.
PS1 - NY

Num importante ensaio de 1990, “Revisiting The Late Capitalist Museum”,  Rosalind Kraus  afirmou que o aumento desproporcionada da escala dos museus de arte contemporânea desviaria a atenção das obras de arte expostas no interior para a experiência do espaço do museu. A historiadora previa o que está a acontecer quer com a espectacularidade da arquitectura museológica – Guy  Debord explicaria este fenómeno como mais um modo de espectacularidade do capital – quer com o fenómeno comercial  que é o franchising das marcas Guggenheim e agora do Louvre, cujos benefícios para a História das Artes, dos públicos e do financiamento dos museus, em  qualquer dos casos,  não são evidentes. Afinal casinos e museus não são a mesma coisa. Do Guggenheim de Bilbao aos museus do Abu Dabi a museumania, na feliz expressão de Andreas Huyssen,  é na espectacularidade do fetiche e da arquitectura escultórica que têm sido protagonistas. O que seria de questionar era se estas peças de arquitectura escultórica – concebidas por falta de programa ou por despotismo do atelier de arquitectura, que desconsidera a relação da forma à função, em prol da criação de ícones de diferenciação das cidades com vista à angariação de turismo cultural – não resultam apenas na exposição de volumes ou de fachadas de arquitectura, fascinantes, por vezes, mas em que nada contribuem para a museografia e para a revisão das narrativas sobre as artes ou os objectos de culto?!
MAXXI - Roma

Outros aspectos que são problemáticos são a proliferação de museus dedicados a artistas maioritariamente da iniciativa de câmaras municipais ou, noutros países, de empresários cujo objectivo primeiro é virem a ser contagiados pela aura dos artistas a quem é dedicado o museu. Tais iniciativas de um modo geral vão ao encontro da parte narcísica do artista vivo ou da rentabilidade dos herdeiros. Há que dizer que a maioria destes museus tem a curto prazo problemas de sobrevivência. Nos casos do artista já notabilizado é sabido que a maioria das suas obras não lhe pertencem, foram vendidas, são propriedade de coleccionadores ou de outros museus e o que resta para o museu são os restos os esboços, os desenhos, a correspondência, os arquivos e a colecção das obras dos amigos (eventualmente muito interessantes em termos documentais, tão só). É bem mais justo que caso o artista ou herdeiros se disponham a doar as suas obras à comunidade estas possam ser integradas em museus já existentes e em acervos cuidados e expostos com a dignidade e reconhecimento óbvios.

Uma das expressões que são hoje mais recorrentes para definir a excepcionalidade de um museu  é a sua identidade: identidade comunitária, identidade de género, identidade de disciplina. Talvez fosse importante pensar que uma das funções de um museu é a da integração e nesse aspecto o excesso de identidade é paradoxal, porque acaba por ser um instrumento de exclusão. Um dos grandes desafios que se colocam hoje na criação de novos museus prende-se com o programa a conceber e o caderno de encargos definido pelo cliente. Como deve ser fascinante para um arquitecto e uma equipa de museólogos poder conceber museus que têm por objectivo guardar, conservando não já só pintura ou escultura ou mesmo instalações, mas também todas as obras hoje produzidas em vídeo, cinema e também produzidas on line. Como guardar, como constituir acervos, como mostrar este tipo de objectos e de documentos que não se condicionam a nenhum dos paradigmas museográficos comuns?

INHOTIM - Brumadinho (Br)
O universo da comunicação on line veio ele também introduzir novos problemas, não só na forma como habitualmente se guardava e conservava e se construíam narrativas, mas muito em particular no modo de comunicar com os públicos. É conhecido o esforço de muitos museus em adaptarem a sua comunicação tradicional – leia-se, em papel, publicidade material, montagem e disposição das exposições no espaço físico – a esta nova era de comunicação. O on line, com toda a sofisticação possível conforme os recursos de cada museu, não impede, contudo, que os visitantes físicos estejam a diminuir proporcionalmente, e os visitantes on line cresçam a um ritmo vertiginoso nos museus com as plataformas virtuais mais sedutoras. Até agora este modo de comunicação tem servido para que o espectador se decida a ir ver a exposição no museu. Há já quem afirme que muito em breve será o museu a organizar exposições cujo objectivo é preparar o acesso ao espectador on line. E, contudo tal opção nada tem a ver com o embaratecimento dos museus. Os museus decididamente são caros; não o suficiente para lutarem contra a amnésia colectiva ou particular.